Terça, 02 Junho 2020 11:36

Quarentena: Os desafios para as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista

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A Prati-Donaduzzi convidou a psiquiatra da Infância e Juventude, Dra. Rosa Magaly Morais, para esclarecer o tema. Foto: Divulgação

O isolamento social devido à Covid-19 transformou o dia a dia de todos que tiveram que se adaptar com diversas mudanças. Para alguns pode ser um grande desafio, já para pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares, isso se torna ainda maior.

Com o objetivo de levar informação para o público e, principalmente, de auxiliar neste período de pandemia, a indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi convidou a psiquiatra da Infância e Juventude, Dra. Rosa Magaly Morais, para esclarecer o tema.

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo há 70 milhões de pessoas com autismo, apesar de não existir dados oficiais no Brasil, estima-se que dois milhões de brasileiros possuam esse transtorno.  

“O TEA é uma alteração do neurodesenvolvimento com várias causas genéticas, cuja base da alteração biológica é muito precoce, ainda na vida intrauterina. Os primeiros sintomas podem ser observados até 36 meses após o nascimento”, explica a psiquiatra.

Quarentena

Para as famílias que estão em casa, a especialista enfatiza a possibilidade de encarar o momento de forma positiva. “Diferente do que muitas pessoas podem pensar, a quarentena pode ser sim reforçadora para muitas pessoas que têm o Transtorno do Espectro Autista como forma de estreitamento das relações familiares”.

As dificuldades aparecem, porém há maneiras de minimizá-las. Com as terapias presenciais e aulas suspensas, as famílias mudaram a rotina e encontraram por meio da criatividade formas de driblar o tempo ocioso e evitar regressos em habilidades cognitivas e acadêmicas.

Rosa Magaly salienta também que uma das grandes barreiras encontradas neste momento é a adoção de medidas preventivas pelas pessoas com TEA. Porém, a especialista evidencia que as atividades lúdicas podem auxiliar neste processo.

“Quando nos propomos a explicar para alguém que tem o transtorno devemos usar estratégias que vão além da comunicação verbal, como, por exemplo, o uso de figuras, fotos, vídeos e modelos de comportamento”, pontua.

A psiquiatra reforça que mesmo à distância, é importante para as pessoas com TEA o acompanhamento médico. Assim, como um esforço de todos os envolvidos em entender o funcionamento do transtorno e das adversidades da pandemia. “Para ajudar superar este momento tão difícil para todos, temos apenas a certeza de que vai passar”, finaliza.

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