Segunda, 27 Abril 2015 21:00

Piloto da Prati-Donaduzzi faz dois pódios, assume vice-liderança e encosta em Cacá Bueno

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Os paulistas Daniel Serra (Red Bull) e Max Wilson (RC) dividiram as vitórias na rodada dupla da terceira etapa da Stock Car, mas quem quase roubou a cena no circuito gaúcho do Velopark no domingo (26) foi o paranaense Júlio Campos. Com dois terceiros lugares e o terceiro pódio consecutivo, o piloto da Equipe Prati-Donaduzzi assumiu a vice-liderança do campeonato e está agora mordendo os calcanhares de Cacá Bueno (Red Bull), que tem uma escassa vantagem de três pontos na classificação geral.
Esta é a melhor posição ocupada por Campos, de 33 anos, desde que ingressou na Stock Car em 2006. Cansado pelo desgaste excessivo nas provas disputadas sob forte calor, Campos lembrou que o planejamento deu certo. "Estamos aqui para brigar pelo título e, para isso, é fundamental somar o máximo de pontos a cada etapa. Eu até poderia ter usado o botão de ultrapassagem para passar o Marcos Gomes na primeira corrida, mas achei melhor guardar um pouco para a segunda. Dei sorte porque nas duas entradas do safety car eu ainda tinha uma reserva do push-to-pass", explicou.
Campos vinha de um terceiro lugar no início do mês em Ribeirão Preto. No fim de semana, andou entre os mais rápidos desde os treinos livres, largou em terceiro na abertura do programa, atrás do pole Marcos Gomes (Voxx Racing) e de Serra. Trocou várias vezes de posto com Gomes, depois que Serra assumiu a ponta após as paradas para reabastecimento e troca de pneus, e se contentou com a última vaga no pódio. Na corrida 2, largou em 8º, aproveitou erros dos rivais, encostou nos ponteiros e administrou bem o resultado. "Mesmo dentro do carro, eu ia fazendo contas e sabia que nas posições em que terminamos a prova eu ficaria muito próximo do Cacá", disse.
O resultado na segunda prova, em que Max soube aproveitar a vantagem de sair na ponta garantida pelo 10º lugar na primeira, superou sua expectativa, mas também o redimiu da amarga decepção da etapa do ano passado, quando saiu na frente na primeira corrida e caminhava para uma vitória tranquila antes de abandonar por causa da explosão de um disco de freios. "Eu poderia ter saído daqui na liderança, mas agora é passado. Fico contente em poder oferecer os dois pódios de hoje à Prati-Donaduzzi, porque sei que não é fácil conseguir isso na mesma etapa", lembrou o curitibano, que nos últimos dias recebeu várias mensagens de apoio do francês Nicolas Prost, com quem compartilhou o cockpit na abertura da temporada em Goiânia.
O amazonense Antonio Pizzonia não levou a mesma sorte que o companheiro de equipe. Como já era previsto, fez uma excelente primeira parte da corrida 1, subindo do 19º no grid para o 10º lugar na hora do pit stop. Aos poucos, no entanto, o carro perdeu rendimento e o forçou a entrar nos boxes para averiguar asa causas do superaquecimento do motor. Na segunda, mesmo partindo do fundo do grid, voltou a fazer uma prova agressiva, repleta de ultrapassagens e ainda cruzou a linha de chegada num honroso 13º lugar.

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