Silvio Miotti trabalhava como auxiliar agropecuário em 2009 quando um acidente mudou o rumo da sua vida. Ele voltava de uma romaria à Aparecida (SP) quando o ônibus em que estava capotou. No acidente, perdeu a mão e, devido ao torniquete improvisado, teve o braço amputado por falta de circulação. Foram 30 dias internado e mais seis meses afastado do trabalho. Na época, trabalhava como jardineiro e cuidando da alimentação de animais, mas pouco tempo depois ficou sem emprego. Foram 11 meses afastado do trabalho formal, fazendo bicos de jardineiro para levar sustento para casa. “Eu me vi em uma situação muito complicada. Acabou meu seguro desemprego e eu ainda não tinha uma recolocação profissional”, relembra.
Foi só em 2015, quando começou a trabalhar na farmacêutica Prati-Donaduzzi no controle de processos, que viu uma oportunidade que ia além da recolocação profissional, e que também oferecia possibilidades de crescimento e uma carreira na indústria. Após alguns meses, percebeu novas oportunidades e pediu para ser transferido para outro setor da indústria, passando a atuar como operador de máquinas, na embalagem secundária. O engajamento com a equipe e as boas iniciativas o levaram a promoção. “Hoje, ajudo o meu gestor com a parte burocrática e treino os novos profissionais contratados. Tive uma oportunidade e agarrei”, comenta Silvio.
Pratincluir
Assim como Silvio, a farmacêutica conta com mais de 250 profissionais PCDs que atuam em diversas áreas da indústria. O programa Pratincluir promove a inclusão dos colaboradores com deficiência na empresa, fortalecendo a diversidade e também apoiando as famílias para se sentirem mais seguras e favorecerem o engajamento ao trabalho.
Segundo a supervisora de responsabilidade social da Prati-Donaduzzi, Maria Rita Pozzebon, a intenção é permitir a inclusão e oportunizar o trabalho e o desenvolvimento pessoal e profissional do colaborador. “A inclusão das famílias dos profissionais PCDs é algo que sempre esteve em nosso radar, porque quando a família está envolvida, ela auxilia no engajamento do profissional que se sente valorizado e acolhido. A certeza do pertencimento faz a diferença e a família ajuda muito nesse papel”, explica a diretora. “Além da família que se envolve, promovemos também o engajamento da equipe em que esse colaborador é inserido, porque entendemos que o processo de inclusão deve fazer parte da rotina de todos os setores”, afirma Maria Rita.