O isolamento social aumentou em 17% o número de denúncias de violência doméstica. Foto: Divulgação
O mês de agosto é marcado por uma importante conquista para as mulheres, a Lei Maria da Penha. Sancionada há 14 anos, a legislação fortaleceu os mecanismos de combate à violência contra a mulher e evidenciou a importância da luta pela garantia dos direitos.
Este ano, em meio ao isolamento social que aumentou em 17% o número de denúncias de violência doméstica, segundo a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, entra oficialmente no calendário do estado do Paraná a campanha Agosto Lilás, que enaltece esta causa e reforça a importância de projetos de enfrentamento por toda a sociedade.
Um exemplo vem da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, que com um quadro de colaboradores de mais de 62% formado por mulheres, realiza há mais de um ano o projeto “Magnólias em Ação”.
A iniciativa tem o objetivo de informar as mulheres em relação à autonomia, saúde psicológica, direitos das mulheres e canais de denúncias. Também é uma forma de gerar aproximação, acolhimento, sororidade e direcionamentos.
“O nome do projeto foi inspirado em uma flor do campo, delicada, mas muito forte e resistente. Escolhemos esse nome por fazer uma relação às mulheres, que têm grande capacidade de superação”, explica a supervisora de Responsabilidade Social, Maria Rita Pozzebon.
Rodas de conversa
No ano passado, a iniciativa contou com a parceria do Núcleo Maria da Penha (Numape) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) de Toledo. Ao longo do ano foram realizadas rodas de conversas com as colaboradoras da farmacêutica e também da indústria de embalagens Centralpack.
Este ano, devido à pandemia os encontros foram suspensos. Porém, os atendimentos continuam pelo setor, de forma individualizada. “O projeto oportuniza às mulheres um momento de reflexão e, principalmente, uma troca de experiências e apoios sobre diversas situações que podem ocorrer no dia a dia. É o fortalecimento na busca pela garantia dos direitos das mulheres e a participação é massiva”, finaliza Maria Rita.