O piloto Julio Campos
O que parecia impressão nos treinos se materializou na rodada dupla da segunda etapa da Stock Car neste domingo no Autódromo de Curitiba: o 4º lugar de Julio Campos na primeira bateria e o 5º de Antonio Pizzonia na segunda mostraram que a Equipe Prati-Donaduzzi está voltando ao protagonismo na principal categoria do automobilismo nacional. Mesmo enfrentando problemas ao longo das duas provas, Campos e Pizzonia somaram os primeiros pontos e ganharam uma injeção de ânimo para o prosseguimento do calendário, que voltará a ser movimentado dia 22 no circuito gaúcho do Velopark. Felipe Fraga (Cimed), campeão de 2016, e Lucas di Grassi (Hero), em seu ano completo de estreia, dividiram as vitórias.
Campos foi um dos destaques da primeira corrida. Saiu em 8º e já era 4º no final da reta. Com o eficiente trabalho nos boxes durante a parada para a troca obrigatória de dois pneus e o reabastecimento, manteve a posição até o final, apesar da pressão inicial de di Grassi e, mais tarde, de Gabriel Casagrande. Na segunda, partiu de 7º no grid, mas acabou abandonando depois de passar reto numa freada, danificar os pneus e preferir voltar aos boxes com receio que a grama em contato com componentes quentes do carro provocasse um incêndio no carro.
“Foi uma evolução muito grande da equipe”, ressaltou Campos. “Sabemos que temos de melhorar um pouquinho mais a performance para brigar com aquelas que vêm dominando a Stock Car, mas deu para fazer um quarto lugar e andar próximo dos caras mais rápidos. Na segunda foi uma pena, uma largada muito confusa, fiquei do lado de fora na largada, depois alguém rodou à minha frente, tive de frear e perdi posições. Mais tarde, fui passar o Fraga e meu pé escapou do freio. Para não acertar o Khodair e até sofrer uma punição, acabei saindo reto. Essa grama recém-cortada é fácil de pegar fogo, então preferi voltar aos boxes. Mas a verdade é que fomos bem e o carro estava rápido, apesar de um pouco dianteiro.”
Pizzonia lamentou um toque nos instantes iniciais da corrida 1. “Larguei muito bem, dei um pulo grande do 11º do grid, mas caí depois dessa batida que recebi e tivemos de mudar toda nossa estratégia”, lembrou. O amazonense preferiu então priorizar a segunda prova, voltando aos boxes para alguns ajustes no carro. “A equipe fez um ótimo trabalho em função dos danos. Mas havia limitações, ganhar era impossível naquelas condições. Preferi me concentrar em não perder posições”, disse. Apesar de animado com a colocação, Pizzonia ressalvou que o esforço terá de ser permanente ao longo do ano. “A Stock Car está mais competitiva que em 2017. Algumas equipes que não vinham tão bem deram um grande passo à frente. Claro que essa é uma realidade que afeta a todos, mas também dificulta nosso trabalho”, completou.
Com os resultados na capital paranaense, curiosamente palco das últimas vitórias de Campos (2015) e Pizzonia (2016) na categoria, o atual campeão Daniel Serra manteve a liderança com 49 pontos, seguido por Di Grassi (35) e Casagrande (31). Campos entrou no Top 10 e agora é o 9º colocado com 19; Pizzonia ocupa o 14º lugar com 10.
Márcio Fonseca (MTb 14.457) | Assessoria de Imprensa da Equipe Prati-Donaduzzi