Em 30 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla, doença autoimune que afeta o sistema nervoso central
O Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla foi celebrado pela primeira vez em 30 de agosto de 2006. O dia é voltado para a conscientização da doença, que, segundo estimativa da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, afeta cerca de 40 mil brasileiros. A data foi escolhida em homenagem a Ana Maria Levy, fundadora da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, nascida neste dia.
Esclerose múltipla é uma doença neurológica considerada autoimune, também possui como característica ser progressiva e crônica. Por motivos que podem ser genéticos ou ambientais, ocorre um desequilíbrio no sistema imunológico do portador da doença, que começa a agredir a Bainha mielina, comprometendo a função do sistema nervoso.
O infectologista e médico convidado pela Prati-Donaduzzi, Eduardo Motti, explica que a esclerose múltipla é uma doença que acomete pessoas entre 20 e 40 anos, provocando dificuldades motoras e sensitivas, e pode apresentar sintomas iniciais diversos, mas a maioria possui problemas motores no começo, além de outros indícios como uma deficiência na visão ou um problema psíquico.
Sintomas da doença
O diagnóstico é feito com base em estudo clínico e nos sinais relatados pelo paciente, que são analisados e confirmados por um neurologista. Para ajudar na confirmação da suspeita de esclerose múltipla, o especialista deve solicitar exames de sangue, além de exame de imagem, como a ressonância magnética. Dessa forma, é possível fazer uma avaliação mais profunda descartando a possibilidade de um diagnóstico errôneo.
Os sintomas da esclerose múltipla podem ser confundidos com outras enfermidades, e podem surgir e desaparecer periodicamente. “O portador da doença pode apresentar problemas motores no início do surgimento dos sintomas, o que pode ser confundido com um Acidente Vascular Cerebral. Por isso é muito importante procurar um especialista e fazer todos os exames para confirmar o diagnóstico”, explica o Dr. Eduardo Motti.
Entre os sintomas da esclerose múltipla, que podem ser associados com outras enfermidades, estão visão turva; fadiga; incontinência urinária; dormência e formigamento em diferentes partes do corpo; rigidez muscular e dificuldade para manter o equilíbrio.
Tratamentos
A esclerose múltipla, por ser uma doença autoimune, não tem cura, mas os tratamentos existentes possuem boa eficácia contra os principais sintomas, e ajudam o paciente a viver com mais qualidade e conforto.
Os principais objetivos do tratamento são diminuir a fase mais crítica da doença e tentar prolongar o intervalo entre os surtos. Para isso, é feito o uso de medicamentos para controle do sistema imunológico, o que dificulta o ataque das células de defesa do organismo. O intuito é evitar que as crises aconteçam.
Atividades físicas, é altamente indicado aos pacientes para fortalecer os ossos e ajudar a combater os efeitos da doença no corpo, além de fisioterapia para ajudar na reformulação do ato motor, isso em conjunto com períodos de repouso para evitar esforços desnecessários. “A reabilitação motora é um aspecto importante do tratamento”, conclui o infectologista.
