Quarta, 28 Junho 2017 21:00

Stock Car paga um milhão de prêmio na pista mais teimosa

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Chega até a ser uma ironia que a prova mais aguardada pelos pilotos tenha sido marcada exatamente para uma pista que já deveria estar guardada na memória da categoria. A Corrida do Milhão da Stock Car será disputada neste domingo no Autódromo Internacional de Curitiba-Pinhais, que já chegou a ter o seu fechamento anunciado pelos donos da área há alguns anos e continua resistindo à crescente especulação imobiliária da região. Com o habitual formato diferenciado – prova única, com 40 minutos de duração, obrigatoriedade de reabastecimento e troca de ao menos dois pneus, além da transmissão ao vivo pela TV Globo -, ela desperta a natural cobiça dos 31 pilotos inscritos em função do prêmio de um milhão de reais oferecido ao vencedor.
Independentemente do tempo em que sobreviver, o circuito da região metropolitana estará sempre na galeria de doces lembranças do curitibano Julio Campos. O piloto da Equipe Prati-Donaduzzi conquistou em 2015 a primeira e até agora única vitória de um representante do estado em seus pouco mais de 2.700 metros. E não foi só: o segundo lugar na etapa seguinte no mesmo local o elevou à liderança do campeonato daquele ano, feito que ainda luta para reeditar desde então. Portanto, se há um local que autoriza uma dose extra de otimismo em Campos é exatamente o “quintal de sua casa”. Como ele admite, o seu carro é rápido e, se os resultados ainda não vieram na medida esperada em 2017, as causas são circunstanciais. “Temos tudo o que é necessário para ir bem – equipe, carro, estrutura. Falta apenas encaixar tudo de uma vez”, explica.
O amazonense Antonio Pizzonia, companheiro de Campos, não tem o mesmo retrospecto na pista. Mas, apesar de ainda estar se readaptando ao ano que passou fora da Stock Car em 2016, foi responsável pelo melhor momento da Prati-Donaduzzi até o momento na temporada – o segundo lugar no complemento da programação em Santa Cruz do Sul, de onde partiu do fundo do grid. Com a longa experiência adquirida nas principais séries mundiais, inclusive na Fórmula 1, é um dos trunfos da equipe na busca da recompensa tentadora deste fim de semana.
Sem atividades de pista, que serão abertas amanhã às 10h35 com o shakedown de 10 minutos e em seguida às 12h20 com uma sessão de 60 minutos de treinos livres para cada um dos dois grupos, a quinta-feira foi toda dos mecânicos, envolvidos com a montagem dos boxes e os ajustes finais nos carros. Os pilotos da Prati-Donaduzzi reuniram-se com os técnicos para discutir planos e estratégias para os próximos dias e deveriam participar ainda da reunião rotineira com o diretor de prova.

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